A embaixadora dos EUA na OTAN, Kay Bailey Hutchison, afirmou na terça-feira (2) que Washington não descarta destruir supostos mísseis de baseamento terrestre criados pela Rússia. Posteriormente, comentou em seu Twitter que não estava falando sobre um ataque preventivo.
"Rússia deve voltar a cumprir o Tratado INF ou os EUA terão que equiparar suas capacidades para proteger os interesses dos EUA e da OTAN", afirmou Mattis durante reunião de ministros da Defesa em Bruxelas, referindo-se aos comentários de Hutchison.
Mattis também mostrou solidariedade com os aliados, Reino Unido e Holanda, que responsabilizaram Moscou pelo suposto ataque cibernético à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).
Nos últimos anos, Moscou e Washington vêm trocando acusações de violar o tratado em questão. Em particular, a Rússia acusa a parte estadunidense de deslocar para a área — na base militar na Romênia, bem como na Polônia — unidades, capazes de usar sistemas de lançamento de mísseis de cruzeiro do tipo Tamahawk, o que é proibido conforme o acordo.
Datado de 1987, o Tratado INF previa a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, nucleares ou convencionais, cujo alcance estivesse entre 500 e 5.500 quilômetros. Além disso, o acordo permite a qualquer uma das partes inspecionar as instalações militares da outra.