O comitê destacou que o médico congolês, Denis Mukwege, tem sido "símbolo mais unificador tanto no país como no mundo da luta pelo fim da violência sexual na guerra e conflito armado".
Em se tratando de Nadia Murad, a entidade frisou que ela mostrou "coragem incomum em ter relatado seus próprios sofrimentos".
"O Comitê do Nobel Norueguês decidiu conceder o Prêmio Nobel da Paz de 2018 a Denis Mukwege e Nadia Murad pelo esforço para pôr fim ao uso da violência sexual como arma de guerra e conflito armado. Ambos os laureados têm dado contribuição crucial para atrair atenções e combater tais crimes de guerra", disse o comitê.
"Denis Mukwege é o ajudante que dedicou a sua vida à defesa destas vítimas. Nadia Murad é a testemunha que conta sobre abusos cometidos contra ela e outros", acrescentou a organização.
Neste ano, ao prêmio foram nomeados 329 candidatos, dentre eles 112 organizações públicas e internacionais.
O Prêmio Nobel da Paz é um dos cinco prêmios anuais que foram estabelecidos pelo cientista sueco Alfred Nobel no fim do século XVIII.
O prêmio de 2018 tem um valor de 9 milhões de coroas suecas (R$ 3,84 milhões).
No ano passado, o prêmio foi dado à Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN) devido a seus esforços para atrair atenções às consequências catastróficas do uso de armas químicas.