Os treinamentos aéreos multinacionais Clear Sky 2018 envolvem militares de nove nações (EUA, Bélgica, Dinamarca, Estônia, Holanda, Polônia, Romênia, Reino Unido e Ucrânia) e tem lugar de 8 a 19 de outubro nas regiões ucranianas de Vinnytsia e Khmelnytskyi.
A embaixada dos EUA na Ucrânia comunicou anteriormente que diversos caças F-15 e aviões de transporte C-130 Força Aérea dos Estados Unidos tinham chegado ao país para participar nos treinamentos.
O colunista e analista militar russo Viktor Baranets explicou ao serviço russo da Rádio Sputnik os verdadeiros objetivos dos exercícios.
"A Ucrânia é representada nos exercícios por dez aparelhos aéreos, principalmente por helicópteros e alguns MiG-29 ainda capazes de decolar. No total, nos treinamentos prometem apresentar quarenta aparelhos aéreos. A Ucrânia, como sempre, na sua habitual retórica, chama os exercícios dos maiores dos últimos tempos", comentou Viktor Baranets. Segundo ele, se para a Ucrânia estes são os maiores treinamentos, a Rússia, só para comparar, chegou a acionar cerca de 300 aviões e helicópteros nos exercícios.
"Entretanto, hoje em dia se pode falar que a Aliança Atlântica começa devagarinho a forçar a adaptação da Ucrânia, da sua defesa antiaérea, aos padrões da OTAN. A OTAN procura dominar o teatro oriental de operações militares, ‘colocando a mira' nos aeródromos ucranianos, em suas posições. Ou seja, sob o pretexto de exercícios, nós observamos ‘absorção' da Ucrânia, que ainda sonha em entrar neste bloco", concluiu Viktor Baranets.