Saiba como submarino russo avariou e expulsou um submarino americano

Em 11 de fevereiro de 1992, os tripulantes do submarino nuclear da Marinha dos EUA USS Baton Rouge, que estava espionando a Marinha da Rússia no mar de Barents, sentiram um forte impacto no casco. O tanque de lastro do submarino teve um vazamento, o que obrigou a acionar o alerta de emergência.
Sputnik

A tripulação americana veio a descobrir mais tarde, que foram atingidos pelo submarino russo B-276 Kostroma. Ao retornar ao porto, a tripulação russa encontrou partes do sonar do submarino americano na sua torre.

Novo submarino russo com propulsão diesel-elétrica foi lançado à água em São Petersburgo
Durante as manobras debaixo d'água, os sonares de ambos os submarinos estavam desligados, motivo pelo qual eles podem não ter detectado um ao outro. Entretanto, segundo outra versão do ocorrido, a tripulação do Kostroma teria provocado intencionalmente a colisão para afastar o intruso das águas russas. Além disso, segundo a revista The National Interest, as tripulações não registraram feridos e os submarinos regressaram aos seus portos para serem restaurados.

Após o acidente, o submarino americano Baton Rouge foi desativado, enquanto que o Kostroma foi reparado em quatro meses. Depois do incidente, na torre do submarino russo surgiu uma estrela com o número 1, uma marca com que os submarinos da União Soviética representavam o número de suas vitórias durante a Segunda Guerra Mundial.

O incidente entre os dois submarinos em águas russas serviu de precedente para um dos primeiros processos diplomáticos entre os dois países, que estavam representados por James Baker (secretário de Estado dos EUA) e Boris Yeltsin (presidente da Rússia).

O processo diplomático visou a suspensão das missões de espionagem americanas nas águas russas. Contudo, um ano depois o compromisso foi violado pelos EUA, resultando em uma nova colisão em águas russas, perto da península de Kola, no extremo norte da Rússia Europeia, junto à fronteira com a Finlândia.

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