Argentina critica exercícios militares e lançamento de mísseis britânicos nas Malvinas

A embaixada britânica em Buenos Aires recebeu uma queixa formal do governo argentino na terça-feira.
Sputnik

O protesto acontece quando o país sul-americano rejeitou os exercícios militares do Reino Unido nas Malvinas (também conhecidas como ilhas Falkland), programadas para 15 e 29 de outubro. Os exercícios que incluem lançamentos de mísseis foram repreendidos pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina que disse: "A Argentina rejeita a realização desses exercícios em território argentino ocupado ilegalmente pelo Reino Unido".

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Uma queixa semelhante foi apresentada em 2016, quando os exercícios militares britânicos incluíram o lançamento de mísseis anti-aéreos Rapier nas Malvinas. Em resposta, o governo do Reino Unido disse que a atividade era uma "operação de rotina" que ocorre duas vezes por ano.

A Argentina realizou seu próprio exercício militar em agosto em uma área de treinamento perto de Buenos Aires. A Operação Maipu envolveu tropas, helicópteros, transportadores de morteiros blindados e obuseiros autopropulsados.

O alegado objetivo do exercício foi revelado por um adido militar brasileiro à inteligência britânica. De acordo com o adido, a Argentina estava planejando invadir três ilhas distantes simultaneamente para desviar as defesas do Reino Unido.

Uma fonte de Whitehall teria dito que a Grã-Bretanha tem um plano desenvolvido para tratar da "indesejada atenção argentina" e as "três ilhas tornam as coisas mais complicadas, mas certamente não intransponíveis".

A Argentina reivindicou a soberania sobre as Malvinas, localizada a cerca de 715 quilômetros do continente, por décadas e entrou em conflito com a Grã-Bretanha em 1982. Buenos Aires argumenta que herdou as ilhas da Espanha quando conquistou a independência no século XIX. O Reino Unido, no entanto, rejeita a alegação, argumentando que os residentes da ilha votaram predominantemente para permanecer britânicos durante o referendo em 2013.

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