Entenda os motivos que levaram EUA a comprarem caças russos MiG-29

Em 1991, com o fim da União Soviética, os equipamentos militares foram distribuídos entre as repúblicas que antes formavam a União Soviética. Entre os equipamentos estavam caças MiG-29.
Sputnik

A Moldávia, por exemplo, ficou com 34 MiG-29 Fulcrum, 8 helicópteros Mi-8 e diversas aeronaves cargueiras, sendo uma elevada quantidade de armamentos para um país tão pequeno. Sendo assim, surgiria um problema — o alto custo de manutenção de toda essa frota. Consequentemente, o país não conseguiria manter essa despesa, principalmente na época em que o país enfrentava uma forte recessão, segundo um artigo publicado por Paul Iddon na revista The National Interest.

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Na ocasião, a alternativa para a Moldávia seria vender os equipamentos. Os EUA, por sua vez, temiam que a Moldávia vendesse os caças MiG-29, além de transferir tecnologias como é o caso dos 14 MiG-29C configurados para portar armamentos nucleares, ao Irã. Sabendo dessa possibilidade, Washington decidiu se empenhar para obter os MiG-29. Desembolsando muito dinheiro, os americanos compraram 21 MiG-29, incluindo os 14 MiG-29C.

O caça era o mais avançado da Rússia, sendo utilizado por seus clientes árabes — Iraque e Síria. Já Israel teve oportunidade de realizar testes da aeronave e, segundo os pilotos israelenses, "[…] o MiG-29 é uma aeronave fácil de voar, já que se trata de uma aeronave totalmente diferente dos padronizados caças americanos, além de ser uma aeronave a ser temida em um combate aéreo […]".

Washington viu uma grande oportunidade de acessar e avaliar os surpreendentes caças russos MiG-29, além de eliminar a oportunidade de Teerã expandir sua frota.

Atualmente, há alguns MiG-29 operando Leste Europeu, Oriente Médio e Ásia Meridional.

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