'Não é doentio?', questiona Salvini após França deixar imigrantes na floresta italiana

O líder italiano no combate à imigração, Matteo Salvini, rotulou o presidente francês Emmanuel Macron de "constrangimento internacional" depois que policiais foram vistos deixando imigrantes em uma floresta italiana na fronteira entre os dois países.
Sputnik

O chefe de direita do partido Liga Norte e ministro do Interior do país disse que o afastamento dos imigrantes franceses em território italiano "é uma ofensa sem precedentes contra a Itália" e disse em um post no Instagram na terça-feira que "não aceitamos desculpas".

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Uma policial francesa foi vista na sexta-feira deixando 2 homens, acredita-se serem de origem africana, na floresta italiana de Claviere. Uma autoridade francesa disse que o incidente foi um "erro" nas mãos dos policiais que eram novos para patrulhar a área.

"Abandonar imigrantes em uma floresta italiana não pode ser considerado um erro ou um incidente", criticou Salvini.

Ele passou a questionar se organizações internacionais como as Nações Unidas e a Europa "não acham que é doentio" deixar as pessoas em uma área isolada sem assistência.

"Estamos diante de uma vergonha internacional e o senhor [Emmanuel] Macron não pode fingir que nada aconteceu", continuou Salvini. "Nós não aceitamos o pedido de desculpas".

Essa é a mais recente disputa em uma guerra de palavras entre a França e a Itália sobre a crise dos migrantes no Mediterrâneo.

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Em julho, Salvini exigiu que a França pedisse desculpas depois de criticar a decisão "cínica e irresponsável" do governo italiano de impedir que uma embarcação de resgate com mais de 600 migrantes a bordo fosse atracada na Itália.

Depois de 30 horas de estar parado no Mediterrâneo, o navio Aquarius finalmente se dirigiu para a Espanha depois que Madri anunciou que iria receber os migrantes.

Salvini afirmou que as críticas da França eram hipócritas, dado que Paris falhou em seu compromisso com um esquema de redistribuição da União Europeia (UE) de 2015 para receber 10 mil refugiados, já que só recebeu 640 em junho de 2018.

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