"É bem comum discussão aqui nessa região. Sempre tem um vidro quebrando, garrafa. Não é a primeira vez que acontece. O problema é que dessa vez estava bem alto. Eu abri a janela e consegui ver que tinha umas quatro ou cinco pessoas discutindo na frente do bar", afirmou à Ponte Jornalismo uma testemunha que preferiu não se identificar.
Ainda de acordo com a testemunha, no meio da briga foi possível ouvir os gritos de "Bolsonaro presidente" e "com Bolsonaro presidente, a caça aos viados vai ser legalizada".
Até o momento, a vítima não identificada.
Este não é o primeiro crime de ódio com contornos eleitorais. No dia seguinte ao primeiro turno, em 8 outubro, o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, de 63 anos, conhecido como Moa do Katende, foi morto com 12 facadas em Salvador. De acordo com testemunhas, o agressor, que já está preso, defendia Bolsonaro.
Após o incidente, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que lamentava as agressões, mas não tinha o "controle" de seus seguidores. Posteriormente, o político do PSL afirmou que dispensava o voto de "de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim".