Moscou dará resposta concreta às novas provocações do Ocidente, diz Lavrov

A Rússia dará uma resposta concreta às novas provocações do Ocidente, que nos últimos tempos apresentou uma série de acusações contra Moscou, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Sputnik

O chanceler russo sublinhou que todas as acusações contra a Rússia são lançadas através dos meios de comunicação.

"Estaremos preparados para provocações de maior escala. Mas a nossa resposta é muito simples – se falam conosco através dos meios de comunicação, responderemos do mesmo modo, mas de maneira concreta e correta", disse Lavrov em uma entrevista às mídias RT France, Paris Match e Le Figaro.

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"Com todo o respeito por eles [os meios de comunicação] e pela profissão de jornalista, nós, como pessoas sérias, não podemos examinar os problemas concretos que são lançados quando se acusa a Federação da Rússia de todos os pecados mortais sem recorrer às normas jurídicas criadas para casos semelhantes", declarou Lavrov.

De acordo com ele, Moscou vai aguardar uma discussão "séria, profissional e não propagandística" com os países ocidentais em um quadro jurídico, quando nestes países terminar "o surto de raiva política".

Além disso, ele espera que a OTAN tenha suficiente sensatez para evitar uma guerra de grande escala, mas, sem um diálogo adequado com a Rússia, os riscos de incidentes não premeditados aumentaram significativamente. 

"Acredito que todos terão suficiente sensatez para evitar isso, embora, sem dúvida, estejamos muito preocupados com a ausência de todo e qualquer diálogo profissional entre os militares da Rússia e da OTAN", afirmou Lavrov.

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As relações entre a Rússia e países ocidentais pioraram devido à situação no leste ucraniano, onde em 2014 ocorreu um golpe de Estado e também por causa da Crimeia, que posteriormente se reunificou à Rússia após referendo. 

Desde então, os EUA, União Europeia e outros países adotaram vários pacotes de sanções contra a Rússia. Além disso, países ocidentais acusaram Moscou de interferência nas eleições presidenciais de 2016 nos EUA, no referendo do Brexit, de envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha e de ciberataques contra instituições internacionais como a WADA e OPAQ. As autoridades russas negam essas acusações, considerando-as totalmente infundadas. 

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