OTAN pretende criar drones navais para responder à 'ameaça russa' no Atlântico

Os EUA e seus aliados da OTAN estão intensificando a cooperação na área de desenvolvimento e uso de drones navais. Segundo opinam vários especialistas, tudo isso evidencia a seriedade com que a Aliança Atlântica encara a "ameaça" proveniente dos submarinos russos.
Sputnik

Recentemente 13 países da OTAN ratificaram um acordo que prevê o desenvolvimento e o uso posterior de sistemas marítimos não tripulados, comunica a revista Defense News.

Destaca-se que a intensificação da cooperação tem por objetivo combater as ameaças provenientes de minas marítimas e submarinos avançados.

"O uso de sistemas não-tripulados pode se tornar um avanço revolucionário nas tecnologias navais", diz o comunicado divulgado após a reunião dos ministros da Defesa de 13 países da OTAN

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"Ao trabalhar em conjunto com o tradicional equipamento militar naval, os drones aumentarão nosso nível de informação e também nosso controle sobre os mares", destaca.

Entretanto, a revista indica que o acordo de cooperação técnico-militar foi assinado pelos seguintes países: Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Grécia, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Espanha, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.

Nessa conexão, alguns especialistas supõem que o acordo é mais uma prova da seriedade com qual a OTAN trata a "ameaça" proveniente dos submarinos russos.

"Os países-membros da OTAN estão preocupados com a ameaça crescente por parte dos submarinos russos e, portanto, estão investindo mais recursos para lidar com esse perigo", sublinhou Jorge Benítez, investigador sênior do Conselho Atlântico, adicionando que atualmente a Rússia está enviando para o Atlântico Norte submarinos cada vez mais avançados, ou seja, silenciosos, furtivos e difíceis de monitorar pelas marinhas dos países da OTAN.

"Essa nova cooperação multinacional que prevê usar drones submarinos representa a última prova de que a OTAN encara a ameaça russa no Atlântico do Norte de modo muito mais sério do que nos últimos 25 anos".

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