"O vice-secretário e o enviado especial discutiram a terrível situação humanitária e os últimos passos sendo dados para aliviar o sofrimento do povo iemenita, bem como a necessidade urgente de desescalar [a violência] e de dialogar em todo o Iêmen", disse Nauert na terça-feira. o enviado da ONU por sua dedicação a renovadas conversações de paz entre todas as partes para acabar com o conflito.
Já o coordenador humanitário da ONU, Mark Lowcock, disse na terça-feira que o Iêmen está à beira de uma tragédia.
"O número total de pessoas que enfrentam condições pré-fome… pode chegar em breve não a 11 milhões, mas 14 milhões. Isso é metade da população total do país", disse ele.
Confrontos ferozes e ataques aéreos na cidade portuária de Hudaydah, no Mar Vermelho, bloquearam a estrada oriental para Sana, causando impacto nos comboios de abastecimento dos principais portos que alimentam o norte do Iêmen, disse ele. O chefe do departamento de ajuda humanitária ressaltou que todas as partes envolvidas no conflito, que dura anos, devem acabar com a luta contra a infra-estrutura civil, necessária para levar ajuda à população e declarar um cessar-fogo humanitário.
No começo do dia, o enviado russo à ONU, Vassily Nebenzia, disse durante uma sessão do Conselho de Segurança da ONU que Moscou continuará a entregar ajuda humanitária à população afetada no Iêmen.
"A Rússia continuará sua assistência humanitária não politizada aos iemenitas no norte e no sul do país", disse Nebenzia na terça-feira. O embaixador russo pediu que os principais centros de transporte do Iêmen sejam abertos com o objetivo de fornecer assistência humanitária.
"Todos os portos do Iêmen e também os aeroportos devem continuar abertos e operacionais. É importante para os bens humanitários e comerciais", disse Nebenzia. A Rússia apóia os esforços liderados pela ONU para encontrar uma solução política no Iêmen e insta todas as partes a manterem a moderação, acrescentou Nebenzia.