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Eleição de Bolsonaro trará enfrentamentos sociais, diz cientista político

Jair Messias Bolsonaro, do PSL, foi eleito presidente da República neste domingo (28) ao derrotar em segundo turno o petista Fernando Haddad.
Sputnik

A vitória foi confirmada às 19h18, quando, com 94,44% das seções apuradas, Bolsonaro alcançou 55.205.640 votos (55,54% dos válidos) e não podia mais ser ultrapassado por Haddad, que naquele momento somava 44.193.523 (44,46%).

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Em entrevista à Sputnik Brasil, o cientista político Carlos Eduardo Martins, professor da UFRJ, disse que caso Bolsonaro coloque em prática o programa de governo prometido durante a campanha, a eleição do candidato do PSL vai trazer "enfrentamentos sociais expressivos" no Brasil.

"Se a versão ultra-neoliberal linha dura for realmente adotada por ele (…) o que se imagina é que vão ter confrontações sociais expressivas, há de se ver se o voto popular que ele teve sustenta maioria no Congresso para colocar em prática esse tipo de agenda", afirmou.

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Vitorioso na primeira vez em que se candidatou a presidente, Bolsonaro vai suceder Michel Temer (MDB), vice de Dilma Rousseff (PT) que assumiu o governo em 2016 após o impeachment da petista.

Carlos Eduardo Martins destacou o fato de Bolsonaro não ir aos debates do segundo turno mesmo sendo autorizado por equipes médicas. Segundo o cientista político, Bolsonaro adotou "uma estratégia de esvaziamento deliberado das eleições".

"Foi a primeira vez que em uma eleição de segundo turno no Brasil que um candidato não comparece e não se submete a uma avaliação popular mais detalhada e nos coloca diante da situação em que ninguém sabe direito qual o programa de Bolsonaro", disse.

A campanha eleitoral teve início em agosto com 13 candidatos à Presidência da República, o maior número de concorrentes desde 1989, quando houve 22 candidatos.

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