Para isso, a União Europeia estaria elevando a capacidade de suas Marinhas e quem vem se destacando na liderança entre países europeus é a Alemanha. Segunda a Reuters, alemães estão liderando os exercícios navais na costa finlandesa que contam com participação de 3.600 marinheiros e soldados, além de 40 navios e 30 aeronaves dos países participantes.
Expressando isso, o capitão da fragata Hamburg, Sven Beck, declarou que "o mar Báltico é nossa porta da frente, então nós e nossos vizinhos obviamente queremos ser capazes de nos movimentarmos livremente nas linhas do mar".
A Rússia já afirmou que não há qualquer tipo de ameaça direcionada a países europeus, porém, o problema em torno dessa situação seria a instalação de sistemas de mísseis dos EUA que estão sendo reestruturados para novos lançamentos de mísseis nas proximidades da mesma região onde a Rússia havia instalado seus sistemas de mísseis Iskander-M, em 2013.
Diante da situação, a União Europeia decidiu realizar exercícios militares, onde praticarão a remoção de minas, além de procedimentos de escolta para navio de transporte e simulação de combate.
Já a Alemanha vem tentando assumir a liderança naval na Europa desde que a Crimeia foi anexada à Rússia. E o país está conseguindo se posicionar como líder após a Segunda Guerra Mundial. O fato é confirmado pela ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, ao declarar que a Alemanha deve "ter maior responsabilidade na região".
Segundo o capitão Beck, "nós não temos uma grande Marinha, mas temos uma forte relação com os países bálticos. Então, nós estamos felizes por assumir a responsabilidade".
Em grande parte da Guerra Fria e nas décadas seguintes, Estados Unidos assumiram um papel de liderança na OTAN, ao se responsabilizarem pela segurança da Europa contra a Rússia. Entretanto, o presidente norte-americano acredita que a Europa deva aprender a se defender sozinha, abrindo mais um caminho para a liderança alemã na região.