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Alemanha adotará 'cautela' diante de Bolsonaro, diz mídia

A Alemanha é o maior parceiro comercial do Brasil na Europa. O país demonstrou preocupação com as declarações de Bolsonaro durante a campanha e ressaltou a importância da relação entre os países.
Sputnik

Segundo texto publicado pela Deutsche Welle, a diplomacia alemã pretende deixar Bolsonaro de molho por enquanto. A intenção é aguardar os primeiros seis meses de governo com o objetivo de observar as ações do novo governo.

A preocupação está assentada principalmente sobre o temor em relação às propostas mais polêmicas feitas durante a campanha. O texto aponta que a avaliação diplomática da relação entre Brasil e Alemanha deve tornar improvável uma aproximação por parte da chanceler alemã, Angela Merkel.

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Isso porque o tom utilizado por Bolsonaro se aproxima dos grupos de oposição na União Europeia. A oposição no bloco europeu é representada pelos governos da Hungria, Polônia, Áustria e Itália, principalmente.

A Alemanha e o Brasil têm uma relação amigável e possuem um mecanismo de Consultas Intergovernamentais de Alto Nível, um espaço que os alemães reservam a poucos parceiros. No entanto, o canal aberto em 2015 foi paralisado em 2017 devido à instabilidade política no Brasil. Esse espaço serve como mecanismo de trocas bilaterais entre políticos e empresários de alto escalão dos dois países.

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Ainda segundo o texto, a imprensa alemã tratou Bolsonaro como "ameaça à democracia" ao longo da campanha, supondo que isso pode influenciar as decisões de alto nível. Além disso, a vitória de Bolsonaro já foi tratada como um empecilho para parcerias estratégicas dentro do próprio parlamento alemão.

Da mesma forma, conforme o texto sustena, as incertezas sobre o meio ambiente são vistas de forma preocupante, uma vez que a Alemanha tem o costume de colocar essa questão na mesa quando há encontros de cooperação governamental entre os dois países.

A expectativa é de que a cautela prevaleça antes de qualquer definição.

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