Economistas entrevistadas pelo jornal russo Izvestia acreditam que a desdolorização poderá afetar em primeiro lugar as grandes cidades, onde há mais dólares em circulação. Segundo estimativas, na Rússia estão acumulados 80 bilhões de dólares em cédulas. Porém, os riscos são muito menores quando se trata de pagamentos escriturais.
Os riscos para os depósitos são mínimos, assinalam os economistas, e advêm principalmente da parte americana, mas o Banco Central e o governo já estão tomando as medidas necessários nesse sentido.
No entanto, sublinham os especialistas, a desdolorização no mercado internacional levará bastante tempo: com alguns dos parceiros estrangeiros a Rússia não conseguirá assinar novos contratos, com outros precisará de oferecer compensações pela volatilidade das taxas de câmbio.
Anteriormente, várias mídias russas relataram que o governo do país estaria elaborando um projeto de desdolorização da economia, que em duas semanas seria aprovado pelo primeiro-ministro Dmitry Medvedev.
Porém, a assessoria de imprensa do governo disse estar estudando a diminuição da dependência da economia russa do dólar, mas que não tem planos de abandonar a moeda americana por completo.