Analista: Estados Unidos perdem liderança no desenvolvimento de mísseis de cruzeiro

A revista das Forças Armadas russas informou que em seis anos a Rússia aumentou o número de mísseis de cruzeiro em 30 vezes. Analista militar comentou a notícia destacando que os Estados Unidos estão perdendo sua liderança na produção deste tipo de mísseis.
Sputnik

Desde 2012, o número de mísseis de cruzeiro russos cresceu em 30 vezes, bem como a quantidade de portadores de baseamento terrestre, marítimo e aéreo aumentou em mais de 12 vezes.

O aumento se deve antes de mais à entrega de sistemas de mísseis tático-operacionais Iskander-M, bem como de navios e submarinos equipados com mísseis de cruzeiro Kalibr, segundo a edição.

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O analista militar russo Aleksei Leonkov lembra que por muito tempo os EUA tiveram o monopólio dos mísseis de cruzeiro, usando-os em conflitos no Oriente Médio, África e durante os bombardeamentos da Iugoslávia.

O armamento era considerado tão sofisticado e difícil de desenvolver, que apenas os Estados Unidos seriam capazes de produzi-lo e usá-lo. Porém, acrescenta Leonkov, a operação antiterrorista da Rússia na Síria mostrou que esse monopólio não existe mais.

"A Rússia, apesar de todas as sanções e pressões, exercidas pelos mesmos EUA, conseguiu criar este tipo de armamento e usá-lo com sucesso durante suas ações militares", disse o analista em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, ressaltando que na componente hipersônica os mísseis russos não têm análogos no mundo.

Entre os desenvolvimentos da Rússia nesta área Leonkov apontou o míssil Burevestnik, que utiliza um motor nuclear. Ao mesmo tempo, possui as mesmas características de voo que um míssil de cruzeiro — é capaz de manobrar, superar grandes distâncias e atingir seu alvo com muita precisão.

"Já os Estados Unidos não possuem tal projétil […] Agora a Rússia se tornou líder no desenvolvimento de mísseis de cruzeiro", concluiu.

Anteriormente, a mídia ocidental já reconheceu as capacidades do novo míssil russo Burevestnik com ogiva nuclear. Este, segundo avaliações, tem um alcance quase ilimitado, uma trajetória de voo imprevisível, sendo capaz de contornar os meios de intercepção, tornando-se assim invulnerável para todos os sistemas de defesa antiaérea e antimíssil, tanto existentes como futuros.

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