O ministro para Jerusalém e Proteção do Ambiente de Israel, Zeev Elkin, qualificou o fornecimento dos sistemas antiaéreos de "grande erro" e avisou que Tel Aviv está pronto para atacá-los se estes forem usados contra caças de Israel.
"Consideramos o próprio fato de entrega de S-300 à Síria um grande erro. Os militares sírios nem sempre são capazes de usar corretamente o material bélico que lhes chega às mãos. Em caso de uma utilização inapropriada, poderão ser atingidos aviões comerciais", afirmou.
"Geralmente, Israel reage a ataques a seu território e a suas aeronaves não por meio de diligências internacionais, mas com ações práticas. Se houver um ataque, essas ações, sem dúvida, terão lugar contra os sistemas utilizados para atacar o território ou aviões israelenses", advertiu Elkin.
Em 17 de setembro deste ano, um míssil S-200 do sistema de defesa antiaérea sírio abateu um avião russo Il-20 que estava regressando para a base de Hmeymim. Ao mesmo tempo, quatro caças israelenses F-16 atacaram instalações sírias em Latakia.
Segundo o Ministério da Defesa russo, os pilotos israelenses usaram o avião russo como cobertura, deixando-o sujeito a fogo do sistema antiaéreo sírio. Do incidente resultou a morte de 15 militares russos.
Em resposta ao incidente, pelo qual Moscou responsabilizou Tel Aviv, a Rússia decidiu entregar à Síria sistemas de defesa aérea S-300. Os sistemas fornecidos possuem um alcance de até 250 quilômetros e também são capazes de destruir tanto aeronaves de guerra eletrônica como aviões com sistema AWACS (Sistema Aéreo de Alerta e Controle).