Comentando a criação de uma nova base militar francesa perto da cidade síria de Raqqa, Hasan lembrou que a França faz parte da coalizão internacional de luta contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), encabeçada pelos EUA.
"A França faz parte de uma coalizão que declarou sua intenção de dividir o país e toda a região. Esta é a lógica principal das suas ações", disse ele em uma entrevista à Sputnik.
O general de brigada lembrou também que um Estado só tem o direito de estar presente militarmente em outro Estado a pedido deste ou se tiver o mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Portanto, a única presença [estrangeira] é a presença militar russa, das forças iranianas e das forças da resistência nacional do Líbano [o movimento Hezbollah], que chegaram ao país e ficam no território sírio a pedido da Síria. Quaisquer outras formas de presença militar, tais como a turca, estadunidense, britânica, francesa, alemã ou dos países do golfo Pérsico, quaisquer outras formas de presença militar e o envio de forças armadas são ilegais", explicou Hasan.
O general sublinhou que o objetivo da coalizão é manter o status quo o maior tempo possível, frente à sua incapacidade de atingir seu objetivo principal – a divisão da Síria.
Além disso, Hasan sublinhou que, em vez de combater o Daesh, os EUA e seus aliados da coalizão apoiam os terroristas.
"É precisamente essa coalizão que chefia o Daesh e controla suas atividades, é ela que distribui tarefas entre vários grupos […] O único fato provado a todo o mundo é que os EUA e seus aliados não combatem o terrorismo, eles só fingem combater", declarou ele.
"Quando o Exército sírio avançava em qualquer região, a aviação dos EUA realizava uma agressão direita contra ele. Para além da aviação estadunidense, havia a israelense ou a aviação de outros países, o que prova que a coalizão combate contra tudo exceto o terrorismo", revelou ele.
Hasan sublinha que as autoridades sírias têm a intenção de recuperar todos os territórios que estão sob ocupação turca, norte-americana e de outras forças.
"Os que pensam que a Síria deixará qualquer pedaço de terra sob o controle das forças turcas, norte-americanas ou quaisquer outras, devem pensar mais uma vez", disse ele.
A Síria está em estado de guerra civil desde 2011. As forças do governo enfrentam grupos de oposição e organizações terroristas. A Rússia, ao lado da Turquia e do Irã, é um dos países garantes do regime de cessar-fogo na Síria.