A decisão do corregedor foi tomada após entidades, partidos e cidadãos terem apresentado representações contra Moro, depois deste ter aceitado o convite para o cargo de ministro da Justiça do presidente eleito Jair Bolsonaro. O juiz saiu férias, mas ainda exerce magistratura. Ainda assim, se reuniu com a equipe de transição do governo.
Ele só poderá ser nomeado ministro da Justiça após pedir exoneração.
Pela Lei Orgânica da Magistratura, magistrados não podem exercer atividade político-partidária. Ao todo, foram feitos três questionamentos à conduta de Moro, um por um cidadão, outro pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia e um terceiro pelo PT, informou Agência Brasil.
Na semana passada, Sérgio Moro, durante uma palestra, disse não entender a chefia de um ministério como um cargo político. Na opinião dele, o cargo de ministro da Justiça seria "técnico".
"Não me vejo ingressando na política, ainda como um político verdadeiro. Para mim, é um ingresso num cargo que é predominantemente técnico", afirmou o juiz.