Além do empresário e sócio majoritário da JBS, Joesley Batista, o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade, foi preso na chamada Operação Capitu, em mais um desdobramento da Lava Jato. A ação visa desarticular um esquema entre a Câmara dos Deputados e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para pagamento de propinas.
Nefi Cordeiro considerou que houve excesso nas ordens de prisão e que a privação da liberdade dos réus não se justifica com a ocultação de provas.
“A falta de completude na verdade pode ser causa de rescisão do acordo ou de proporcional redução dos favores negociados, mas jamais causa de risco ao processo ou à sociedade, a justificar a prisão provisória”, determinou o ministro do STJ.
Os acusados respondem por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. As penas podem chegar a 120 anos, proporcionais a cada investigado. A defesa de Joesley divulgou nota declarando "estranheza" à ação da PF, já que o empresário colabora com a justiça em vários inquéritos em andamento.