Após críticas de Trump, EUA reforçam apoio à OTAN diante de possível exército europeu

Os Estados Unidos não querem ver o enfraquecimento da OTAN em meio a apelos europeus para a criação de um exército independente, disse Heather Nauert, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, a repórteres em uma coletiva de imprensa.
Sputnik

No início de novembro, o presidente francês Emmanuel Macron pediu o estabelecimento de um exército da União Europeia (UE) que seria independente dos Estados Unidos.

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"Isso é algo importante — aliança da OTAN com o governo dos EUA e com muitos outros — e achamos que o que deve ser feito não deve tirar os esforços da OTAN. Essa é uma entidade sustentada que o governo dos Estados Unidos e muitos outros apoiaram por muitos anos, e por isso não queremos o enfraquecimento da OTAN", afirmou Nauert nesta terça-feira.

A proposta de Macron ganhou o apoio da chanceler alemã Angela Merkel, que pediu que seja criado um exército europeu "real e verdadeiro".

"Devemos trabalhar em uma visão de um dia estabelecer um verdadeiro exército europeu", declarou Merkel durante um discurso aos eurodeputados no Parlamento Europeu em Estrasburgo na segunda-feira.

De Washington, Heather Nauert acrescentou que o principal diplomata dos EUA, Mike Pompeo, se reuniu com o ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, durante o fim de semana para discutir a cooperação franco-americana nos desafios de segurança global e no fortalecimento da OTAN.

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O presidente dos EUA, Donald Trump, reiterou na terça-feira suas críticas à proposta de Macron e reprovou a Europa mais uma vez por sua relutância em cumprir compromissos financeiros dentro da OTAN.

Na sexta-feira, Trump já havia lançado um ataque contra Macron, chamando a sugestão do presidente francês de estabelecer um exército pan-europeu de "insultuosa". O presidente dos EUA também insistiu que a Europa cumprisse suas obrigações financeiras dentro da OTAN.

No sábado, Macron reconheceu em uma reunião com Trump que a Europa deveria aumentar seus gastos com defesa dentro da OTAN e pediu que outros países membros da OTAN aumentem seus gastos nacionais em defesa, seguindo o exemplo da França, que adotou um plano para elevar o orçamento de defesa do país em 2% do PIB.

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