O anúncio, que ocorre em meio a uma nova escalada de tensão entre os israelenses e palestinos, foi feito durante uma coletiva extraordinária convocada hoje de manhã.
"Estou aqui para anunciar minha demissão do cargo de ministro da Defesa", disse.
Mais cedo, o ministro discordou dos seus colegas no governo israelense quanto ao fim dos combates na Faixa de Gaza após um dia completo de troca de ataques entre os dois lados. Os combatentes palestinos acordaram em observar o cessar-fogo e não o têm violado desde ontem (13).
O político classificou de "fake news" os relatos sobre ele ter votado a favor do cessar-fogo e voltou a apelar para que seja desferido um "golpe duro" contra o movimento militante Hamas que governa o enclave.
A demissão do líder do partido Yisrael Beiteinu (Israel é Nosso Lar, em hebraico) não priva o premiê do país, Benjamin Netanyahu, do apoio de uma maioria parlamentar no Knesset, mas reduz a coalizão religiosa de direita que está no poder em Israel para 61 mandatos em 120 e aumenta a probabilidade de eleições antecipadas.
Lieberman tem sido ministro da Defesa do país desde 2016, enquanto nos dois governos anteriores de Netanyahu o político chefiava a chancelaria israelense.