A imagem outrora desconhecida mostra o rosto de um jovem sem barba, com cabelo encaracolado e rosto e nariz alongados, enquanto que a concepção ocidental retrata Jesus com cabelos longos. A obra artística fazia parte de uma grande parede, já que perto da representação de Jesus estava desenhado outro rosto cercado com auréola.
A idade exata da obra ainda é desconhecida, embora Shivta tenha sido fundada no século II. Historiadores supõem que a imagem tenha 1.500 anos. Outra pintura de Jesus nas mesmas ruínas, descoberta anteriormente, simbolizava a transfiguração, mas não mostrava sua face.
A versão é confirmada pelo fato de que cenas de batismo fazem parte da arte paleocristã e bizantina, comunicou a revista. Os pintores daquele tempo tradicionalmente pintavam a figura de João Batista maior do que a de Cristo.
Segundo os pesquisadores, a iconografia de Jesus Cristo era amplamente espalhada no Egito e Levante (uma grande área do Oriente Médio que incluía a Síria e Palestina), mas desapareceu da arte do Império Bizantino tardio. Sabe-se que, no início do século VI, autores religiosos discutiram a aparência de Jesus. O retrato encontrado, provavelmente, remonta-se a esses tempos.