Khashoggi foi morto no consulado da Arábia Saudita de Istambul em 2 de outubro, depois de uma luta, com uma dose letal de injeção e seu corpo foi desmembrado e retirado do prédio, afirmou o vice-promotor público e porta-voz Shaalan al-Shaalan.
Ele era um crítico proeminente da política saudita
O promotor disse que o colunista do Washington Post foi assassinado depois que as "negociações" para seu retorno ao reino falharam e que a pessoa que ordenou o assassinato foi o chefe da equipe de negociação que foi enviada para repatriar Khashoggi.
Riad ofereceu várias explicações contraditórias para o desaparecimento de Khashoggi antes de dizer que ele foi morto em uma operação desonesta, em um caso que provocou protestos globais, abriu o reino a possíveis sanções e manchou a imagem do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.
Autoridades turcas acusaram o príncipe Mohammed de ordenar o assassinato, enquanto o presidente Erdogan disse que o assassinato foi ordenado nos "mais altos escalões" do governo saudita. O presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriu que a responsabilidade final cabe ao príncipe como governante de fato.
A promotoria saudita afirma que 11 dos 21 suspeitos foram indiciados e que seus casos serão encaminhados ao tribunal, enquanto a investigação com os suspeitos restantes continuará para determinar seu papel no crime.
Uma proibição de viagem foi imposta a um dos principais assessores do príncipe, Saud al Qahtani, enquanto prosseguem as investigações sobre seu papel, disse Shaalan.
A promotoria sustenta que o assessor encontrou a equipe de possíveis assassinos antes deles irem para Istambul.
Qahtani já foi demitido da corte real.
A Turquia diz que tem uma gravação relacionada ao assassinato e que a compartilhou com aliados ocidentais. Erdogan afirma que as gravações são "chocantes".