Os EUA gastaram próximo de seis trilhões de dólares (R$ 22,7 trilhões) em menos de duas décadas promovendo guerras, de acordo com Neta Crawford, autora de um estudo na Brown University.
De acordo com seus cálculos, de 2001 até o final do ano fiscal de 2019, o país gastou 5,9 trilhões de dólares nos vários conflitos militares.
Além disso, de acordo com o estudo, nas guerras no Afeganistão e no Iraque, bem como durante os combates na Síria e em outros países, conflitos em que os Estados Unidos participaram, morreram 480 mil pessoas, das quais 244 mil são civis. Outros 10 milhões de pessoas se tornaram refugiados.
Entretanto, as despesas do Departamento de Defesa dos EUA incluem apenas uma fração dos custos da guerra, ressalta Crawford. Se os Estados Unidos continuarem gastando em uma escala semelhante, mesmo que todas as guerras sejam concluídas até 2023, o total das despesas será de 6,7 trilhões de dólares (cerca R$ 25,1 trilhões), sem incluir os juros da dívida, diz o estudo.
"O fato de que eles não vão mudar sua estratégia é óbvio, porque os EUA estão combatendo para serem a 'única cidade brilhando na colina" e, nessa qualidade, controlar o mundo todo. Mas eles combatem na maioria das vezes com países que são militarmente fracos, gastando valores exorbitantes nisso", disse Viktor Litovkin.
Segundo o especialista, os EUA assustam todo mundo, matando e derrotando aqueles países que não podem responder adequadamente. "O ponto principal é que eles, para além disso, estão tentando impor seus valores morais a todos. E os agressores e assassinos não podem ter nenhuns valores morais. Eles demonstram desta forma que não são um exemplo para os outros, mas simplesmente uma ameaça para a humanidade, uma ameaça à vida na Terra", disse ele.