'Uma questão de controle do planeta', diz americanista sobre forças espaciais dos EUA

A criação de uma força espacial pode custar aos Estados Unidos de US$ 5 a 10 bilhões (de R$ 19 a 38 bilhões), declarou no Pentágono. Mas o analista militar russo Konstantin Blokhin pensa que os EUA estão dispostos a gastar muito mais.
Sputnik

No início de setembro, a agência de notícias AP, citando um memorando da chefe da Força Aérea dos EUA, Heather Wilson, informou que a criação de uma força espacial poderia custar aos Estados Unidos quase US$ 13 bilhões (R$ 49 bilhões) nos primeiros cinco anos.

De acordo com o subsecretário de Defesa dos EUA, Patrick Shanahan, a criação de uma força espacial pode custar para os Estados Unidos um valor de um "único dígito, e não de dois dígitos", observando se tratar de um montante de 5 a 10 bilhões de dólares e acrescentando que a soma "pode mesmo ser inferior a 5 bilhões".

Pentágono prevê quanto custará criação de força espacial
Um especialista do Centro de Estudos de Segurança da Academia de Ciências da Rússia, Konstantin Blokhin, expressou ao serviço russo da Rádio Sputnik a opinião que os americanos estão dispostos a gastar mais dinheiro na criação de forças espaciais do que foi divulgado.

"Hoje, os EUA estão tentando assegurar a liderança e mantê-la a todo custo, seja por um jeito ou por outro. É claro que isso é impossível sem um domínio em todas as áreas, incluindo o espaço e ciberespaço", disse Konstantin Blokhin.

Segundo ele, isso é considerado como o espectro completo de domínio e vem desde a administração presidencial Ronald Reagan — a famosa "guerra nas estrelas". Os americanos acreditam que a liderança no espaço lhes permitirá dominar a Terra, "na verdade, é uma questão de controle do planeta".

"Eu acho que esses US$ 5 a 10 bilhões (de R$ 19 a 38 bilhões) não são o limite, dado que seu orçamento de Defesa é de quase 717 bilhões de dólares, e no Congresso se fala de um aumento ainda maior. Eu acho que eles estão dispostos a gastar muito dinheiro com isso. O establishment norte-americano tem uma ideia fixa sobre o chamado espectro total de domínio", concluiu o cientista político.

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