Na sexta-feira, a Marinha do Reino Unido comunicou que uma das suas fragatas do Tipo 23, a HMS St Albans, baseada na cidade de Portsmouth, havia saído para escoltar o navio russo.
A Marinha britânica informou que a fragata, que tem um helicóptero a bordo, continua monitorando as deslocações do grupo russo através do canal da Mancha até que os navios saiam das águas territoriais do Reino Unido.
Vale ressaltar que é bastante frequente os navios e aviões britânicos acompanharem os navios e aeronaves russos quando estes se aproximam das fronteiras do país.
Entretanto, em opinião do especialista Boris Rozhin do Centro de Jornalismo Político-Militar, expressa ao serviço russo da Rádio Sputnik, tudo isso não passa de uma campanha de demonstração de força.
"É um reflexo da política do gabinete da premiê [britânica] Theresa May, relacionada com a necessidade de demonstrar dureza nas relações com a Rússia. Isto se vê em diferentes declarações, bem como em diferentes ações, inclusive na demonstração de poder militar", opinou.
Assim, diz o entrevistado, embora os britânicos saibam que os navios russos não entram nas águas do Reino Unido, para eles é necessário mostrar que seguem uma política dura em relação à Rússia.
"É importante mais para o consumo interno, pois as posições do gabinete de Theresa May estão vulneráveis, os ministros fogem do governo devido ao Brexit. […] A Rússia é um bom espantalho para os britânicos, por isso eles usam até as passagens dos navios russos para realizar campanhas de demonstração de força", resumiu.