Modelo 3D do buraco negro mostra o que está acontecendo no coração da Via Láctea (VÍDEO)

Cientistas holandeses criaram o primeiro modelo virtual tridimensional do buraco negro supermaciço que se encontra no centro de nossa galáxia, que permite calcular com precisão a intensidade de seu brilho durante seu "almoço".
Sputnik

Os resultados dos experimentos virtuais com esse objeto poderoso foram apresentados na revista Computational Astrophysics and Cosmology.

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"Nosso simulador está criando atualmente o quadro mais realístico da aparência que tem o ambiente que rodeia o buraco negro. Isso nos permitirá perceber o que dirige o comportamento dos buracos negros. É pouco provável que consigamos visitar seus arredores no futuro próximo e, portanto, tais visualizações (modelos) se tornam em um dos nossos auxiliares principais na área da sua investigação", declarou Jordy Davelaar, especialista da Universidade Radboud em Nijmegen (Países Baixos).

No centro da Via Láctea, bem como supostamente em todas as outras galáxias do Universo, existe um buraco negro extremamente grande. No nosso caso, ele é quatro milhões de vezes mais pesado que o Sol e se situa à distância de 26 mil anos-luz da Terra.

Esse buraco negro, denominado Sagittarius A (Sgr A), é rodeado por algumas dezenas de estrelas e várias nuvens de gás que periodicamente se aproximam dele, passando a uma distância perigosa.

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No entanto, em comparação com outros buracos negros, que estão sempre absorvendo matéria, o Sgr A* no centro da Via Láctea está em uma espécie de hibernação. Portanto, não emite feixes de matéria candente e, por esta razão, fica invisível para a maioria de telescópios, exceto os de ondas de rádio e de raios X.

Um de tais observatórios é o Telescópio do Horizonte de Eventos (Event Horizon Telescope, em inglês). Graças a esse conjunto de aparelhos, Davelaar e seus colegas conseguiram criar um modelo 3D do habitante principal do centro da Via Láctea que envolve todas as suas caraterísticas e processos que ocorrem tanto dentro dele, como ao seu redor.

Tudo isso permitiu aos investigadores "se aproximarem" à distância mais perto possível do buraco negro, ou seja, uma distância igual à do Sol a Marte.

Assim, os cientistas conseguiram revelar por dentro como ocorrem as emissões de matéria do buraco negro e determinar as caraterísticas certas de sua estrutura.

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