Início do fim? Dólar estadunidense sofre queda drástica

O dólar dos EUA está desvalorizando em relação a quase todas as moedas principais globais. A colunista da Sputnik, Natalia Dembinskaya, explicou por que a moeda que domina o sistema financeiro mundial enfrenta tais dificuldades.
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Segundo Dembinskaya, as últimas quedas foram provocadas pelas declarações do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin. Ele afirmou que suporta o enfraquecimento da moeda norte-americana. 

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Mais um golpe contra o dólar foi feito pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal, que compartilhou a crítica do presidente dos EUA, Donald Trump, da política realizada pela Reserva Federal (banco central dos EUA) que continua aumentando as taxas de juro. 

Entretanto, os analistas financeiros acreditam que o colapso real e mais maciço da moeda dos EUA está por vir, explicou a analista à Sputnik.

Em outubro, os mercados de valores dos EUA, Ásia e Europa, enfrentaram perdas causadas pela venda maciça de ações. Uma das razões principais dessa queda é a preocupação dos investidores com o aumento das taxas de juros norte-americanas. 

A política monetária restritiva da Reserva Federal levou ao aumento do rendimento dos títulos da dívida pública dos EUA, bem como dos das taxas de créditos hipotecários e, como consequência, causando a redução da demanda no mercado imobiliário. Segundo os analistas, as taxas de juros continuarão crescendo ainda mais, porque nos EUA observa-se uma pressão inflacionária.

Donald Trump critica a política monetária da Reserva Federal, chamando-a de principal ameaça para seu sucesso como líder dos EUA. No entanto, a Reserva Federal é uma entidade independente que não depende da Casa Branca e que não sofre pressão do presidente. 

Quais fatores podem minar liderança do dólar estadunidense no mundo?
O aumento das taxas de juro ou outros instrumentos da política monetária restritiva levam ao aumento do custo de empréstimos para as empresas. E vez de pagar dividendos e salários e investir em seu negócio, os empresários são forçados a canalizar todos seus fluxos monetários ao pagamento de dívidas. Isso afeta a prosperidade de acionistas e trabalhadores e, como consequência, a de toda economia em geral.

Além disso, as taxas de juro nos EUA foram extremamente baixas durante muitos anos. É por isso que as empresas norte-americanas costumaram viver a crédito. Quando a Reserva Federal aumenta as taxas, essas empresas são forçadas a pedir emprestado cada vez mais dinheiro para pagar suas próprias dívidas com taxas ainda maiores. Esse processo poderia levar a uma cadeia de falências, enfraquecendo a economia dos EUA e sua moeda nacional.

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