A Kim foi atribuído o papel de presidente interino da Interpol durante uma reunião em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, após a demissão de Meng Hongwei. Este último está atualmente detido em sua China natal, aguardando uma investigação de corrupção.
#BREAKING: Kim Jong Yang of the Republic of #Korea has been elected President of INTERPOL (2-yr term). #INTERPOLGApic.twitter.com/6I9HIyUWrf
— INTERPOL (@INTERPOL_HQ) 21 de novembro de 2018
Reagindo ao anúncio da Interpol, a diretora da ONG Human Rights Watch (HRW), Sophie Richardson, observou que "notícias de última hora" da organização envolveriam "mostrar o menor sinal de preocupação sobre o que aconteceu" com Meng Hongwei.
No entanto, não foi a candidatura de Kim que dominou a discussão na grande mídia antes do anúncio, mas a do russo Alexander Prokopchuk - o atual vice-presidente da organização. O jornal britânico The Times assumiu que sua eleição significaria uma "vitória" para o Kremlin.
Um colaborador da revista norte-americana Forbes chamou Prokopchuk apenas de "abusador-chefe", enquanto o jornal The Washington Post se referiu a ele como "um lobo na porta da Interpol".
Assim que essa notícia chegou aos parlamentares, eles decidiram dissuadir os delegados de votar no candidato russo, dizendo que a eleição de Prokopchuk seria "semelhante a colocar uma raposa no comando de um galinheiro". Além disso, insistiram que garantir sua presidência permitiria à Rússia "assediar os críticos" vivendo no exterior e "ajudar outros regimes autoritários".