Os exercícios foram realizados em uma área protegida, localizada na costa oeste, ocasionando um sério risco às baleias que habitam a região, já que os disparos e a fumaça emitida pelas bombas poderiam matá-las.
A faixa de água de 45 milhas náuticas de comprimento e 6 milhas náuticas de largura foi temporariamente fechada para a recreação e comercialização de peixes, a medida teria sido tomada para ajudar orcas a encontrar seu principal alimento, o salmão-rei.
Mesmo sabendo do risco, residentes da ilha de Vancouver afirmaram que a Marinha canadense e a Guarda Costeira americana continuaram com os exercícios militares na região designada pelo governo canadense como sendo uma área protegida.
A área está localizada em Salish Sea, entre a Ilha de Vancouver e Washington. Os moradores acreditam que a Marinha tenha se aproveitado do fato de que a área foi reaberta em outubro com apenas algumas restrições.
Pescadores também estariam revoltados com a situação, afirmando que navios de alumínio não são menos perigosos do que a pescaria no local.
Entretanto, os moradores da região estão insatisfeitos e afirmam que as restrições deveriam ter o mesmo efeito para os exercícios navais.
Segundo o ministro das Pescas, Jonathan Wilkinson, o governo pretende criar um santuário ecológico justamente para permitir que o governo federal tenha maior controle das atividades realizadas na área, o que permitiria incluir os exercícios navais na lista de restrição, segundo a publicação do jornal The Guardian.
Atualmente, aproximadamente 75 orcas ocupam o habitat oceânico da Costa Oeste. A espécie criticamente ameaçada possui o menor número populacional em mais de 30 anos. A espécie estaria em extinção por falta de salmão, além de serem prejudicadas pelo tráfego de barcos e poluição da água.