Segundo a PF, as investigações indicam a ocorrência de superfaturamento nos contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia.
Os policiais federais cumprem desde as primeiras horas da manhã de hoje 68 mandados de busca e apreensão, oito de prisão preventiva e 14 de prisão temporária, em endereços em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, para reprimir "a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta de fundo de pensão, lavagem de dinheiro e organização criminosa".
De acordo com a PF, a Petros — por meio da parceria com a Petrobras — "investiu na execução da obra para alugar o prédio à empresa estatal por 30 anos. Ocorre que, com o direcionamento da execução das obras à uma empresa ligada a outras duas grandes empreiteiras já conhecidas da Lava Jato, o valor da execução ficou bem acima do que deveria, assim como o valor de aluguel a ser pago também".
Com isso, o dinheiro recebido a mais era destinado ao pagamento de "propinas, utilizando de artifícios para ocultar e dissimular a origem e destino desses montantes".
Segundo a PF, o nome, Operação Sem Fundos, refere-se à perda do Fundo de Pensão da Petrobras, assim como "ao fato de os crimes investigados parecerem revelar um ‘saco sem fundos".