Chefe do Pentágono nega participação de príncipe saudita em assassinato de jornalista

Os Estados Unidos não encontraram evidências que provem a participação do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, no assassinato do colunista Jamal Khashoggi do Washington Post, disse nesta quarta-feira o secretário de Defesa James Mattis.
Sputnik

"Não temos nenhuma evidência que aponte para o envolvimento do príncipe herdeiro. Nem a comunidade de inteligência ou qualquer outra pessoa [possui]", disse Mattis a repórteres do lado de fora do Pentágono.

EUA anunciam 17 sanções contra Arábia Saudita em razão do assassinato de jornalista
Mattis acrescentou que leu pessoalmente todas as informações sobre Khashoggi e todas as traduções das gravações de seu assassinato no consulado saudita na Turquia.

"Não temos as fitas. Pelo menos não estou ciente disso. Mas li a tradução duas vezes", disse ele a repórteres.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, também disse a repórteres na quarta-feira que leu todas as informações, mas não encontrou "informações diretas" ligando Bin Salman à morte de Khashoggi.

Na semana passada, a imprensa americana informou que a CIA concluiu que bin Salman, pessoalmente, ordenou a morte de Khashoggi.

O jornalista desapareceu no dia 2 de outubro depois de entrar no consulado saudita em Istambul. A Procuradoria-Geral da Arábia Saudita concluiu que ele foi morto dentro do consulado por injeção letal antes que seu corpo fosse desmembrado e removido do prédio.

Comentar