Em comparação ao mesmo período de 2017, a alta é de 1,7%, um número significativo e que indica que, aos poucos, o país vai deixando a grave crise econômica para trás. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o setor de serviços foi o grande destaque.
"Apesar de a agropecuária ter apresentado o maior crescimento [0,7% no trimestre, acumulado de 3% em 2018], foram os serviços [0,5% no trimestre] que mais influenciaram a taxa, já que são o setor de maior peso no PIB", afirmou em declarações reproduzidas pelo UOL.
Apesar da melhora, a economia brasileira se encontra no mesmo patamar do 1º semestre de 2012. De acordo com o IBGE, a greve dos caminhoneiros ocorrida em maio prejudicou o resultado, que registrou uma aceleração entre os meses de julho e setembro.
Outro índice de destaque foi o de investimentos, que cresceu 6,6% no 3º trimestre deste ano, consolidando o melhor resultado desde o 4º trimestre de 2009. O instituto informou que o dado foi possibilitado graças a uma mudança fiscal no setor de petróleo e gás, sancionada no fim de 2017 e que impulsionou a contabilização da importação de plataformas de petróleo como estoque de capital.
A indústria deixou o negativo e apresentou o seu primeiro resultado positivo em 2018, com alta de 0,4%. O consumo das famílias também cresceu 0,6% (melhor resultado desde o 3º trimestre de 2017).
No acumulado dos últimos 12 meses, o PIB brasileiro subiu 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Já no acumulado em 2018, o PIB cresceu 1,1%, em relação a igual período de 2017.
A expectativa é de que a economia brasileira feche 2018 em 1,39%, dentro da meta estipulada pelo governo federal, que é de 1,4%. Para 2019, segue mantida a avaliação de crescimento estimado de 2,5%.