Pentágono não consegue explicar para onde está indo o dinheiro dos EUA, segundo relatório

Depois de tanto tempo de suspeitas sobre suas finanças e gastos desnecessários, o Pentágono apresentou o relatório de uma auditoria financeira externa sobre esses valores.
Sputnik

O resultado da auditoria não agradou e demonstrou falhas envolvendo as operações militares do país. O Exército, a Marinha, a Força Aérea, Marines e outras subdivisões militares dos EUA falharam durante a auditoria, ou seja, foram incapazes de comprovar suas finanças e patrimônios.

Esse fato não surpreendeu o vice-secretário de Defesa, Patrick Shanahan, que afirmou despreocupadamente que o departamento falhou na auditoria, mas também não esperava que fosse bem-sucedido, segundo o jornal The New York Times.

Os auditores não puderam explicar para onde o dinheiro dos contribuintes está indo e isso devido a falhas nos sistemas de tecnologia da informação, o que demonstrou claramente a falha do Pentágono em controlar suas finanças, algo inaceitável, já que a missão do Pentágono seria de investir nas Forças Armadas para proteger o país.

Para se ter uma ideia da situação precária do país, hoje o déficit federal atingiu US$ 779 bilhões (R$ 3 trilhões) e, mesmo com tanto dinheiro, os militares afirmam que há necessidade de mais dinheiro para investir na Defesa.

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O relatório da auditoria mostra que o Pentágono é um enorme sistema burocrático de três milhões de pessoas, 15.700 aeronaves, 280 navios, 585 mil instalações em 4.700 locais no mundo e um orçamento de mais de US$ 700 bilhões (R$ 2,7 trilhões). Ou seja, é uma organização estatal que durante décadas não conseguiu realizar uma auditoria para comprovar seus gastos, entrando para a lista de agências vulneráveis à fraude, gastos desnecessários e abusos.

Recentemente foi divulgado que o Pentágono gastou mais de US$ 326 mil (R$ 1,2 milhão) com a compra de canecas de café, além de tampas de vasos para aviões militares pelo valor de US$ 10 mil (R$ 37 mil) por unidade.

O déficit possivelmente será ainda maior ao longo dos anos, dependendo da inflação do país, o que pode levar os americanos a um colapso econômico, caso os EUA não consigam controlar os gastos do Pentágono.

O secretário de Defesa, Jim Mattis, acredita que uma reforma crítica deva ser feita para combater os gastos desnecessários, corrigir a burocracia e colocar a situação financeira nos eixos para que os investimentos sejam feitos de maneira efetiva.

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