Biólogos americanos identificaram uma nova espécie de salamandra em um réptil que habita apenas três áreas nos estados da Flórida e do Alabama. É a primeira espécie nova do gênero siren descoberta em quase meio século, diz o site da Universidade Estadual de Sul Ross (Texas), cujos cientistas são coautores da descoberta.
Apesar de que os cientistas admitirem sua similaridade visual, eles indicam que esse apelido não tem nada a ver com o nicho que ocupa no mundo animal, porque basicamente as criaturas em questão não são peixes.
Na verdade, se trata de um anfíbio, embora passe praticamente toda sua vida em água doce. Tem muito em comum com o axolote e é especialmente semelhante a ele por ter brânquias em forma de ramos, usadas para respirar. Alguns internautas até mesmo as compararam com uma árvore de Natal.
Esta salamandra respira através de "árvores de Natal" que crescem na sua cabeça
Ao contrário do seu parente mexicano, ela caracteriza-se por ter duas extremidades dianteiras, mas lhe faltam as traseiras. Esse anfíbio pode crescer até um metro de comprimento: muito mais do que os limites estabelecidos pela natureza para o axolote.
Geneticamente, é "irmã" de todas as espécies de siren, cujo genoma foi sequenciado. No entanto, seu habitat é muito restrito: mora em vários rios e lagos do extremo noroeste da Flórida e do sul do Alabama. Os biólogos consideram urgente um estudo sobre sua distribuição e ecologia.
"Não só conseguimos encontrar uma nova espécie tão interessante, como também encontramos outro lembrete que o livro da vida ainda tem muitas páginas por escrever", sublinhou o biólogo Sean Graham.
A análise genética usada para investigar essa nova espécie, segundo estima, torna muito provável que outras salamandras deste tipo sejam descobertas no futuro.