Em 5 de dezembro, o USS McCampbell entrou no mar do Japão, aproximando-se das águas territoriais da Rússia. Segundo a Marinha dos EUA, a manobra foi realizada para mostrar que os militares estadunidenses "voarão, navegarão e atuarão em qualquer lugar onde a lei internacional permitir".
Segundo o professor universitário e capitão aposentado russo Alexandr Tushkov, a passagem do destróier norte-americano próximo da Frota do Pacífico russa não encerra ameaça militar e não viola as leis do nosso país.
O especialista assinalou ao serviço russo da Rádio Sputnik que, do ponto de vista jurídico, os EUA não violaram a zona económica da Rússia. Quanto ao aspecto militar — não há nada de novo aqui. Nos tempos da União Soviética, estavam permanentemente submarinos norte-americanos no golfo de Pedro, controlando e realizando exercícios de vigilância.
Do ponto de vista político, se trata de apoio psicológico dos EUA aos seus satélites políticos, ou seja, uma "demonstração política, não havendo ameaça militar", concluiu o especialista.
"Eles [os norte-americanos] provocam não apenas a Rússia nessa região, mas também a China, país nosso amigo. Há que sublinhar que a administração dos EUA muda, mas a retórica e as ações permanecem as mesmas: provocações, sanções e acusações infundadas", declarou o vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Andrey Krasov.
"Ao mesmo tempo, nós devemos dizer que as Forças Armadas da Rússia defendem adequadamente as fronteiras do nosso país. Não devemos reagir a tais provocações", concluiu Krasov.
Posteriormente, em 6 de dezembro, o Ministério da Defesa russo desmentiu a passagem do destróier dos EUA perto da fronteira russa. O porta-voz da entidade, general Igor Konashenkov, declarou que o destróier USS McCampbell não se aproximou das águas territoriais russas a uma distância inferior a 100 quilômetros.