"A expansão precipitada da OTAN, o aumento do potencial da Aliança no chamado flanco oriental, a instalação de defesa antimíssil dos EUA na Europa e [a aplicação de] sanções ilegítimas por pretextos inventados levaram à crise de confiança no Euroatlântico", declarou Lavrov na sessão do Conselho de Ministros das Relações Exteriores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, realizada em Milão.
"Novos riscos são criados devido à intenção dos Estados Unidos de sepultar mais um acordo internacional, desta vez o de mísseis de médio e curto alcance", acrescentou o ministro russo.
Não é a primeira vez que os EUA ameaçam deixar de participar de um tratado. Em 2002, sob a liderança de George W. Bush, Washington se retirou do Tratado de Mísseis Antibalísticos (ABM).
Já o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) foi firmado por EUA e União Soviética em 1987. O acordo proíbe a posse e o desenvolvimento de mísseis de curto e médio alcance. Os EUA alegam que a Rússia tenha violado o acordo INF com construção de mísseis proibidos. Moscou declarou inúmeras vezes que cumpre tudo que é necessário, e possui questões sérias quanto ao cumprimento do acordo pelos americanos.