O capitão aposentado da United Airlines e atual presidente-executivo da Aero Consulting Experts, Ross Aimer, sugeriu que as baterias de íons de lítio de 221 kg provocaram queda do avião, informou o Daily Star Online.
Segundo o piloto, "fortes sacudidas" poderiam ter provocado um incêndio, matando, assim, todos durante o voo. Além disso, ele considera a possibilidade de avião ter passado horas voando até ficar sem combustível.
"É bem provável que o fogo tenha consumido uma parte do avião, que ainda conseguia voar por ser uma aeronave gigantesca; os pilotos e passageiros estavam incapacitados e o voo seguiu até não haver mais combustível, caindo em alguma parte do oceano. Mais provavelmente, eles estavam no piloto automático, e o piloto automático simplesmente continuou voando", acredita.
"O MH370 estava carregando apenas 221 kg de baterias de íons de lítio a bordo. Mas há uma boa possibilidade de que, se tiver acontecido um incêndio, o incêndio tenha sido iniciado pelas baterias de lítio […] em uma forte sacudida, iniciando, assim, choque térmico nas baterias por basicamente deixá-las cair ou superaquecendo-as por algum motivo", disse o piloto ao Daily Star.
De acordo com ele, muitos incêndios na aviação estão ligados a essas baterias, incluindo a queda do Boeing 747-400U perto de Dubai há oito anos, que matou dois tripulantes. Após a investigação, a Autoridade de Aviação Civil Geral dos EAU declarou: "há um razoável grau de certeza de que a causa do incêndio tenha sido um elemento da carga que continha, além de outras coisas, baterias de lítio".
O voo MH370, efetuado por uma aeronave Boeing 777, desapareceu dos radares em março de 2014 com 227 passageiros e 12 tripulantes a bordo, a caminho de Kuala Lumpur. A aeronave desapareceu dos radares 40 minutos após a decolagem. A operação de busca, financiada por governos de vários países e realizada após o desaparecimento, não conseguiu encontrar nenhum vestígio da aeronave.