Ao tentar decifrar as origens das "amoras" marcianas, cientistas, liderados pelo geoquímico Hidekazu Yoshida da Universidade de Nagoya, e por Hitoshi Hasegawa, da Universidade de Kochi, no Japão, analisaram formações rochosas terrestres da Mongólia e do estado norte-americano de Utah, muito parecidas às "amoras" de Marte.
Se cientistas conseguirem analisar com precisão como as "amoras" foram formadas, isso poderia nos ajudar a entender como era Marte durante formação de suas características e que tipo de vida poderia ter prosperado nestas circunstâncias, comentou Briony Horgan da Universidade de Purdue no Indiana (EUA), ao portal space.com.
Baseando-se nessas observações e em alguns modelos químicos, os pesquisadores sugeriram que as inundações de água ácida e rica em ferro acabaram eliminando as estruturas originais de calcita, o que poderia ter levado um longo período de tempo para acontecer.
Se os cientistas conseguirem entender melhor este processo, poderão lançar luz à química da água dos primeiros dias do Planeta Vermelho (o que revelaria mais detalhes sobre a habitabilidade do meio ambiente), bem como ao que aconteceu com a atmosfera marciana.