Segundo o SIPRI, dez empresas russas, incluídas na lista dos cem maiores produtoras de armamentos de 2017, foram responsáveis por 9,5% das vendas globais, colocando a Rússia na segunda posição dos maiores exportadores.
Os EUA dominam a lista com 57% das vendas globais, enquanto que o Reino Unido passou agora para o terceiro lugar do ranking com 9% de participação desde 2002.
O consórcio Almaz-Antei, que fabrica equipamentos para defesa antiaérea e antimísseis, entrou pela primeira vez para as dez maiores fabricantes de armamentos, passando do 13º lugar em 2016 para o décimo em 2017.
O relatório também informou que, ao longo do último período, nove em cada dez empresas russas incluídas na classificação aumentaram as vendas. No total, as vendas totais das cem maiores fabricantes de armamentos e serviços militares no mundo aumentaram 2,5% em 2017 (em comparação com 2016), e 44% em relação a 2002, atingindo US$ 398,2 bilhões (R$ 1,6 trilhão).
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o ex-chefe do comando de mísseis antiaéreos das Forças Armadas da Rússia, Sergei Khatylev, comentou os dados.
"Isso sugere que nossa indústria de defesa hoje está em boas condições e é capaz de produzir equipamentos e armas não apenas para a defesa do Estado, mas também são vendidas para cooperação técnico-militar. É importante entender quais armas são comparadas. Pode ser rifle, tanque, avião — o valor desses produtos é diferente", disse Khatylev.
A base de dados sobre a indústria militar foi criada no SIPRI em 1989, contendo informações financeiras, bem como dados sobre o uso em empresas mundiais relacionadas à produção militar.