Theresa May tenta última cartada e apela ao Parlamento para aprovar acordo do Brexit

A premiê Theresa May tenta uma última cartada, depois de ter adiado a votação parlamentar sobre a retirada do Reino Unido da UE. Mais cedo, o Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que Londres pode decidir unilateralmente cancelar o processo de saída e permanecer no bloco europeu, o que pode agitar os ânimos entre os contrários ao Brexit.
Sputnik

Um último dia de debate sobre o acordo Brexit entre o Reino Unido e a UE está ocorrendo na Câmara dos Comuns em Londres na segunda-feira, 10 de dezembro.

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O secretário do Brexit, Stephen Barclay, também deve fazer uma declaração. O governo do Reino Unido reservou cinco dias para debater o acordo de retirada proposto pela premiê Theresa May na Câmara dos Comuns, antes de ir à votação derradeira que aconteceria amanhã, 11 de dezembro. De última hora, May, porém, decidiu adiar a votação por tempo indefinido temendo uma derrota "por uma larga margem significativa" de votos.

"Escutei muito cuidadosamente o que foi dito, nesta Câmara e fora dela, por membros de todos os partidos. Ouvindo esses pontos de vista, fica claro que, embora haja amplo apoio a muitos dos principais aspectos do acordo, em uma questão — o mecanismo de fronteira da Irlanda do Norte — permanece uma preocupação generalizada e profunda. Como resultado, se seguíssemos e mantivéssemos a votação amanhã, o acordo seria rejeitado por uma margem significativa", disse a premiê por meio de nota enviada à imprensa.

A imprensa local especula que a primeira-ministra não será capaz de conseguir os votos necessários para aprovar o acordo, criticado tanto por apoiadores quanto por críticos da saída do Reino Unido do bloco europeu. Uma reprovação do texto levaria a terra da Rainha à possibilidade de deixar a UE sem nenhum tipo de acordo, um movimento desastroso para a economia britânica.

Após uma possível rejeição do acordo, os próprios parlamentares teriam poder de desenhar um novo acordo, convocar um novo plebiscito sobre o tema ou mesmo cancelar a ativação do Artigo 50 que inicia o processo de saída da UE. Oficialmente, o gabinete de May nega todas as três possibilidades.

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