O Parlamento do Kosovo adotou três leis distintas para possibilitar a criação de um exército. Entretanto, a sessão do parlamento foi boicotada por membros que representam a minoria sérvia.
"Um total de 105 parlamentares presentes hoje votaram a favor", afirmou Kadri Veseli, porta-voz do parlamento.
O exército supostamente será composto por um total de 8.000 pessoas, sendo 5.000 soldados na ativa e 3.000 reservistas, além de receber 300 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão) para compra de equipamentos e trens nos próximos três anos. A iniciativa de criar um exército foi muito criticada pela Sérvia, enquanto que o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, alertou sobre ações "importunas".
Além disso, Stoltenberg garantiu que seu relacionamento com Pristina e Belgrado permanece calmo e privado de qualquer declaração ou ação que possa gerar um conflito, reforçando que a OTAN continua apoiando a União Europeia e promovendo diálogo entre Belgrado e Pristina para uma solução política para a região.
A decisão foi tomada em razão do crescimento das tensões entre Pristina e Belgrado, quando a república autoproclamada impôs 100% de tarifas em produtos importados da Sérvia e Bósnia e Herzegovina.
Kosovo unilateralmente proclamou sua independência da Sérvia em 2008 e foi reconhecida por mais de cem membros da ONU.