Malásia: países não têm direito de reconhecer Jerusalém como capital de Israel

O primeiro-ministro da Malásia, Mahathir Mohamad, criticou a decisão da Austrália de reconhecer Jerusalém Ocidental como capital de Israel.
Sputnik

A Austrália anunciou esta semana que reconhecerá Jerusalém Ocidental como a capital de Israel, mas ainda não transferirá a embaixada de Tel Aviv.

"Jerusalém deve permanecer como agora, e não a capital de Israel", disse Mahathir, à margem de um evento em Bangcoc. “Jerusalém sempre esteve sob auspícios da Palestina, então por que eles estão tomando a iniciativa de dividir Jerusalém? […] Eles não têm esse direito".

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A Malásia, um país de maioria muçulmana, tem sido um defensor proeminente da solução de administração da cidade por dois Estados, já que Jerusalém é considerada um lugar sagrado para as religiões muçulmana, judaica e cristã, tornando-se um grande obstáculo para um acordo entre israelenses e palestinos. 

A Palestina quer que Jerusalém Oriental seja reconhecida como a capital de um Estado palestino, enquanto Israel considera Jerusalém como um todo sua capital, incluindo o setor oriental que foi anexado durante a guerra de 1967.

O ministro das Relações Exteriores de Israel elogiou no domingo a decisão do primeiro-ministro australiano Scott Morrison. No entanto, Tzachi Hanegbi, ministro de cooperação regional de Israel, permaneceu crítico, dizendo que "não há divisão entre o leste e oeste da cidade".

O principal negociador palestino, Saeb Erekat, afirmou que a decisão da Austrália deveu-se a "pequenas políticas domésticas".

Em maio, os Estados Unidos anunciaram a transferência de sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, provocando indignação em todo o mundo muçulmano.

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