Ocidente tem ciúme do papel da Rússia na República Centro-Africana, diz diplomata

Os países ocidentais, inclusive a França, têm ciúme do papel crescente da Rússia na resolução da crise na República Centro-Africana (RCA), declarou à Sputnik o chefe do Departamento da África do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Kemarsky.
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"Apesar de as ações terroristas, a luta entre grupos armados e forças governamentais continuarem, o processo em geral adquire uma tendência cada vez mais positiva. O papel da Rússia nisso é bem visível, enquanto a participação dos países ocidentais é menos eficaz", afirmou Kemarsky.

Segundo o diplomata, a França como ex-metrópole que historicamente está presente na República Centro-Africana, não conseguiu melhorar a situação. Foi a participação da Rússia que impulsionou avanços positivos. A Rússia está se tornando dominante e causa ciúme a outros países que tradicionalmente tinham influência na região, sublinhou Kemarsky.

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O diplomata afirma que os países ocidentais consideraram possível mudar governos conforme seus interesses, algo que os franceses frequentemente faziam nas suas ex-colônias africanas.

Os receios do Ocidente levam à criação de "notícias falsas, campanhas difamatórias e introdução de sanções" contra a Rússia, segundo Kemarsky. Alguns países tentam limitar os negócios russos, a cooperação econômico-comercial e técnico-militar de Moscou, mas a Rússia reage normalmente, declarou.

A situação na RCA entrou em uma espiral de violência em dezembro de 2013, quando na capital, Bangui, houve confrontos entre o grupo islâmico Seleka e a milícia cristã anti-Balaka. A ONU estima que o conflito já causou milhares de mortes e até um milhão de pessoas deslocadas.

No final de agosto, os grupos rivais realizaram uma reunião na capital sudanesa, onde concordaram em criar uma plataforma comum de consultas e ações para estabelecer uma paz sustentável no país. Na declaração adotada em resultado das consultas, os grupos armados também pediram ao governo que promova o processo de reconciliação com o apoio da Rússia, da União Europeia e de organizações regionais e internacionais.

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