Especialista põe em dúvida retirada definitiva de tropas norte-americanas da Síria

A decisão de retirar as tropas norte-americanas da Síria pode ser posteriormente alterada, opina o ex-embaixador russo, Aleksandr Kramarenko.
Sputnik

"Como todas as decisões da Administração de Trump, é difícil dizer o quanto a decisão foi tomada. Dado que as relações turco-americanas são muito complicadas, tudo pode ser considerado", disse Kramarenko durante o debate dedicado a previsões sobre o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) para 2019-2024.

Trump já tomou a decisão de retirar as tropas, mas os seus militares perderam, segundo o especialista. Ele adiciona que se deve "observar tudo o que realmente está acontecendo, e não apenas o que é falado", levando em conta o contexto político e que, hoje em dia, "as conclusões de longo prazo não devem ser feitas nunca".

Na quarta-feira (19), o presidente norte-americano Donald Trump declarou que os Estados Unidos derrotaram o Daesh (autodenominado Estado Islâmico) na Síria, acrescentando que o grupo terrorista era a única razão pela qual as tropas dos EUA estavam lutando no país do Oriente Médio durante sua presidência.

Mídia: veículos militares dos EUA abandonam Síria (VÍDEO)
Posteriormente, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, anunciou a retirada das tropas norte-americanos da Síria, mas a vitória sobre o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países) não significava o fim da existência da coalizão.

A agência Reuters comunicou, citando fontes, que todos os funcionários do Departamento de Estado dos EUA seriam evacuados da Síria durante 24 horas, mas as Forças Armadas serão retiradas no decorrer de 60 a 100 dias.

Segundo os dados da mídia norte-americana, cerca de 2 mil militares dos EUA agora estão na Síria.

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