Que desavenças e discordâncias teriam motivado saída de Mattis do Pentágono?

Especialistas comentam o que poderia ter impulsionado o chefe do Pentágono a abrir mão de um dos cargos mais importantes dos EUA.
Sputnik

Segundo o diretor do Instituto dos EUA e Canadá da Academia de Ciências da Rússia, Vladimir Vasiliev, a renúncia de James Mattis ao cargo de secretário de Defesa dos EUA é apenas a continuação da crise da administração do presidente Trump.

O especialista acredita que a saída de Mattis engloba diversas razões, mas uma das principais razões seria a discordância com relação à decisão de Trump sobre a retirada das tropas americanas da Síria, além do desejo de Trump de reduzir pela metade a quantidade de soldados no Afeganistão.

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Mattis era uma das figuras-chave da administração de Trump, que poderia exigir uma política mais ativa e agressiva com relação à China, Coreia do Norte e Rússia, observou Vasiliev, enfatizando outro motivo que poderia ter ocasionado sua decisão de abandonar o Pentágono: "aumento de dificuldades financeiras, programas de construção militar começaram muito rápido a ‘se asfixiar'."

O tenente-general Yevgeny Buzhinsky, ex-chefe do Departamento de Acordos Internacionais do Ministério da Defesa russo, também acredita que Mattis renunciou a seu cargo devido a discordâncias com o presidente Trump. Em comunicado oficial, divulgado pelo canal NBC, Mattis escreveu que acredita na "força do nosso sistema único e repleto de alianças".

Mattis também acredita que os EUA não serão capazes de defender seus interesses sem manter um forte e consistente relacionamento com suas alianças.

"Mattis possui suas diferenças com Trump há tempos, ele é contra a retirada das tropas americanas da Síria. Essa situação é uma das principais razões de sua renúncia", afirmou Buzhinsky.

Vale ressaltar que Trump já havia comunicado que Mattis se aposentaria em 2019. Além disso, ele declarou que o novo ministro da Defesa será nomeado em breve.

As operações dos EUA e seus aliados na Síria e Iraque contra grupos terroristas se iniciaram em 2014, entretanto, nesta quarta-feira (19), o presidente Trump decidiu retirar as tropas americanas da Síria.

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