China exige explicação dos EUA sobre compra de equipamentos para espionagem por embaixadas

A declaração vem depois que documentos divulgados pelo WikiLeaks expuseram o banco de dados "Lista de Compras da Embaixada dos EUA" com mais de 16.000 solicitações de aquisições de embaixadas dos EUA incluindo equipamentos de espionagem.
Sputnik

Segundo a WikiLeaks, embaixadas norte-americanas estariam comprando ferramentas de espionagem. A informação pegou o Ministério das Relações Exteriores da China de surpresa e Pequim exigiu que Washington se explique, de acordo com a porta-voz da Pasta, Hua Chunying.

"Tenho certeza de que muitos dos que se familiarizaram com a informação têm a mesma pergunta: por que as embaixadas americanas compram tanto equipamento secreto de vigilância? Com qual propósito eles prepararam isso?",  disse Hua em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira.

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A porta-voz disse que os dados divulgados indicam que os EUA estão "engajados globalmente em vigilância secreta".

"Eu acho que Washington deveria dar uma explicação clara para a comunidade internacional sobre esta questão", ressaltou.

A WikiLeaks publicou dias atrás um pacote de documentos listados sob a pasta "Lista de Compras da Embaixada dos EUA". De acordo com os dados expostos, embaixadas americanas em todo o mundo fizeram mais de 16 mil solicitações de aquisições de equipamentos.

Em agosto, por exemplo, a embaixada dos EUA em El Salvador pediu o fornecimento de 94 câmeras espiãs camufladas como gravatas, bonés, botões de camisa, relógios, pen drives, isqueiros e canetas". Câmeras espiãs semelhantes também foram solicitadas pela Embaixada dos EUA na Colômbia.

Outra compra concluída em novembro de 2016 a partir do Escritório Regional de Suporte a Aquisições (RPSO) de Frankfurt am Main incluiu uma lista de vários itens, como "soluções de software e hardware para o exame forense de telefones celulares".

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A lista também incluía "ferramentas de laboratório para exame forense de celulares", "software para avaliação especializada e análise de dados" de computadores, etc. Os itens deveriam ser entregues à Embaixada dos EUA em Podgorica, Montenegro.

A conta da WikiLeaks no Twitter forneceu informações sobre o pedido do ano passado feito pela Embaixada dos EUA no Panamá, que solicitou licença para extrair dados dos telefones de pessoas detidas ou presas no Panamá.

O Departamento de Estado ainda não divulgou nota sobre o assunto.

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