"Obviamente, Washington está interessado em manter Poroshenko como chefe de Estado [ucraniano] para o segundo mandato, então fecha os olhos para as personalidades mais odiosas do campo dos neonazistas ucranianos", disse Patrushev em entrevista ao jornal Rossiyskaya Gazeta.
O funcionário russo observou que foi precisamente este sentimento de apoio dos EUA que permitiu a Poroshenko ir com confiança a qualquer provocação, inclusive na fronteira russo-ucraniana.
O "plano" estadunidense, porém, pode ter problemas no caminho. Isto porque quase 21% dos ucranianos disseram que votariam na ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko na próxima eleição presidencial em março, mostrou uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira.
Tymoshenko disse que desafiará Poroshenko, que ficou em terceiro com 11,1%, de acordo com uma pesquisa da revista Sociological Group Rating da Ucrânia.
Volodymyr Zelenskiy, um ator cômico que interpretou um falso presidente em um programa de televisão ucraniano, ficou em segundo lugar com 13,4%.
O ex-ministro da Energia Yuriy Boyko ficou em quarto lugar com 9,6%, enquanto o ex-chefe de defesa Anatoliy Hrytsenko ficou em quinto com 7,8%.
A pesquisa de opinião foi realizada entre 16 de novembro e 10 de dezembro entre 40.000 ucranianos. Quase um terço dos entrevistados disseram que ainda não haviam se decidido.