'Caçador de drones': Rússia está criando bloco de combate não tripulado sem precedentes

Na Rússia está sendo criado um bloco de combate não tripulado para destruir drones. Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista Aleksei Leonkov falou da nova direção na luta contra drones que voam a baixa altitude.
Sputnik

Na Rússia está sendo criado um bloco de combate não tripulado capaz de abater drones que voam a baixa altitude, comunicou hoje (27) o construtor-chefe do programa de desenvolvimento do programa Samum da Fábrica Eletromecânica de Podolsk (Rússia), Umakhan Umakhanov.

Segundo ele, o bloco pode ser instalado em qualquer plataforma autopropulsada: em veículos blindados ou navios. Os prazos para sua criação dependerão das encomendas, mas por agora é apenas uma tecnologia por iniciativa própria, acrescentou. Em caso de haver encomendas, o ciclo de trabalhos desde a elaboração até o início da produção em série levaria cerca de dois ou três anos, segundo Umakhanov.

O sistema de artilharia móvel Samum é um sistema de defesa antiaérea de curto alcance baseado na plataforma fora de estrada 4x4 desenvolvida pela mesma empresa.

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O sistema Samum é equipado com um canhão automático Zu-23/30M1-4 de 23 mm, operado por um artilheiro. O canhão é capaz de alcançar alvos aéreos a uma distância de até 2,5 km e na sua segunda versão — até 5 km.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista Aleksei Leonkov expressou a opinião que o bloco de combate não tripulado seria equipado com mísseis.

"É um veículo aéreo não tripulado que detectará e destruirá tais tipos de aparelhos com todos os meios que terá a bordo. É mais provável que sejam mísseis de pequena dimensão que podem destruir drones. Será uma espécie de caçador de drones criado com base na mesma tecnologia dos próprios drones", comentou o especialista.

Para ele, é uma das direções alternativas que agora representam interesse e estão sendo desenvolvidas. A eficácia do bloco em condições de combate real é uma questão ainda aberta, já que nunca se criou algo parecido, disse Leonkov. Depois de todos os testes será decidido se a tecnologia será incluída no programa de encomendas estatais de defesa e se ele será usado por unidades militares, acrescentou o especialista.

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